A maioria das famílias lida muito mal com a morte. Basta o caixão descer à sepultura para, em seguida, o morto ser esquecido. Não é indiferença, é a dificuldade em lidar com a perda. Como é difícil lembrar, então, melhor esquecer... E é assim que a maioria dos desencarnados desaparece das rotinas familiares no espaço de poucos meses...
No entanto, não precisa ser assim!
Uma maneira de mantermos viva a lembrança dos que se foram é montarmos um pequeno “altar dos mortos”, que basicamente consiste num porta-retratos com a imagem (de preferência, uma imagem alegre), daquele que se foi.
Podemos deixá-lo junto ao nosso altar religioso e quando orarmos, nos lembraremos daquela pessoa, endereçando a ela vibrações de paz e harmonia em sua nova jornada. Mas, atenção: o objetivo não é transformar o morto em santo nem o sobrecarregar com pedidos!
Além do mais, em datas festivas, como o nascimento, por exemplo, pode-se preparar a comida preferida do falecido e levá-la ao túmulo ou deixar uma pequena porção junto ao altar, como ato simbólico amigável de cordialidade e familiaridade entre planos.
Outra maneira de cultuarmos os ancestrais é cuidarmos dos que ainda estão encarnados. Muitas pessoas se preocupam em realizar um culto a um ancestral mítico enquanto aqui mesmo na Terra vários de seus familiares são relegados à indiferença e ao esquecimento.
Visitar os familiares distantes, auxiliar os que porventura estejam em necessidade, buscar aproximação daqueles que, por qualquer razão, se distanciaram de nós, é uma forma legítima e útil de mantermos viva a chama da ancestralidade que une todas as famílias.
Leonardo Montes
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