Entidade não traga!

 


O Tabaco (Nicotiana Tabacum) é uma planta sagrada para diversos povos indígenas e utilizada em rituais religiosos há incontáveis séculos. Na Umbanda, aparece na forma de fumo para cachimbo, cigarro de palha e no absurdamente caro, charuto...

Seja como for, é parte comum das ritualísticas de terreiro o uso desta planta através do fumo (que não deve ser tragado), pois não há necessidade de a fumaça entrar em contato com nossos pulmões, devendo ser mantida na boca e depois exalada.

Nossos pulmões foram feitos para oxigênio, não para fumaça! As entidades sabem e respeitam isso, agora os médiuns, nem sempre...

Mas, por que as entidades fumam?

O fumo possui uma poderosa energia de limpeza, além de facilitar o transe mediúnico na medida em que relaxa o médium.

Quando um preto-velho puxa a fumaça do cachimbo, por exemplo, extrai a energia contida na fumaça e a direciona para o seu próprio campo áurico ou a mantêm e a mistura com a energia do médium que, ao ser liberada através do sopro (fumaçada), carrega consigo um poderoso tônico espiritual de limpeza e cura!

Os próprios médiuns podem utilizar o tabaco fora da incorporação como uma ferramenta de limpeza e conexão. Quantas vezes já fiz as minhas orações, sentado no meu quintal, olhando a mata que existe ao fundo da minha casa, vendo os passarinhos voando pelo céu azul e pitando o cachimbo enquanto meditava ouvindo pontos com o pensamento longe...

No entanto, é preciso ter respeito: tabaco é um instrumento de trabalho, não deve ser banalizado e desrespeitado. Como toda planta de poder, se não for usada com sabedoria, terminará por escravizar quem dela quiser se apropriar!

Salve o Pai Tabaco,

Salve a Umbanda... Simples!

Leonardo Montes

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