Encerrando esta série de postagens sobre os terreiros ruins, gostaria de abordar um ponto fundamental: de quem é a responsabilidade?
Frequentemente, as pessoas que se dizem vítimas de terreiros ruins contam suas histórias como se elas próprias fossem as criaturas mais inocentes da face da Terra... No entanto, quase sempre, elas tiveram inúmeras provas dos desajustes da casa, porém, preferiram ignorá-las até que elas próprias se tornaram a “bola da vez”.
Quando isso acontece, a pessoa se retira da casa cheia de mágoas, desabafa nos grupos de WhatsApp/Facebook e esbraveja para todo canto sua indignação que, diga-se, poderia ter sido evitada se tivesse sido mais previdente...
Este é o ponto fundamental: terreiro ruim só existe porque muita gente gosta é disso mesmo. Esta é uma verdade amarga e incômoda de se aceitar. Existem pessoas que gostam é de bagunça, de incoerência, de bizarrices, de “beco”, elas só não gostam quando o chumbo as atinge, porém, até que isso aconteça, seguem levando tudo como sempre levaram sem se incomodar profundamente com os erros que – quase sempre – saltam aos olhos...
Se os frequentadores/trabalhadores dos terreiros respeitassem mais a si mesmos e a suas religiosidades, esses terreiros medíocres estariam vazios e fechados, porém, isso não acontece, pois a maior parte das pessoas que ali frequentam não são vítimas, são cúmplices dos desajustes praticados. Elas se afinam profundamente com este tipo de trabalho, embora raramente admitam isso...
É por isso que terreiros ruins existem, estão sempre lotados e continuarão a existir por um bom tempo...
Leonardo Montes
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