Terreiros de Umbanda ruins - Parte 2



Ontem publiquei um texto em que afirmo que, infelizmente, boa parte dos terreiros de Umbanda não são bons. Hoje, em nosso grupo de WhatsApp, houve uma discussão que apenas reforçou o meu ponto de vista.

O caso é o seguinte: a pessoa frequentava um terreiro de Umbanda que tinha algumas práticas estranhas. Ao comunicar a dirigente que gostaria de se desligar da casa, a mesma teria “colocado” alguns exus para persegui-la, causando muita perturbação em sua vida.

O fato, em si, não é impossível, pois existem muitos dirigentes que estão rodeados por espíritos ruins...

A questão é que isso não é Umbanda, é uma caricatura de Umbanda! No entanto, se a pessoa só conhece esse tipo de terreiro, desestruturado, ela vai concluir que em todo lugar é assim e não é!

Tudo em matéria de espiritualidade é sintonia e se em tal terreiro se sintoniza com o mal, então, naturalmente, as entidades que atuarão ali serão entidades descompromissadas com o bem e que usarão quaisquer nomes que insuflem medo ou respeito, inclusive, se apresentarão como pretos-velhos, caboclos e até mesmo como exus de Umbanda, porém, são entidades zombeteiras que querem apenas assustar ou ridicularizar...

É isso que muita gente não entende ou não quer entender. Da mesma forma que um padre não se torna padre para poder abusar e um pastor não se torna pastor para roubar dinheiro da igreja, um terreiro de Umbanda não se forma para causar mal a ninguém.

No entanto, tanto o padre, quanto o pastor, quanto o dirigente do terreiro são humanos e falhos e, por vezes, podem deixar suas sombras tomarem conta de suas cabeças, agindo contrariamente ao juramento religioso que fizeram, porém, suas práticas serão antagônicas às religiões que dizem professar e, ao agirem assim, atrairão para junto de si espíritos perturbadores que procurarão lhes envolver totalmente.

É isto que precisa ficar claro: não basta escrever na fachada de uma casa “Terreiro de Umbanda”, vestir as pessoas de branco e incorporar espíritos para que o que se faça ali dentro seja, efetivamente, Umbanda... É preciso que haja coerência interna aos princípios da fé ou tudo não passará de mera imitação de religião.

Leonardo Montes

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