A hipocrisia no campo religioso é uma verdadeira praga e não é de hoje. Ela existe em todas as religiões e vem causando, ao longo dos milênios, os mais diversos problemas, das pequenas irritações cotidianas às grandes confusões capazes de abalar a fé ou fechar um templo.
Antes de tudo, porém, convém ponderar sobre a escuridão que existe em cada um de nós: ninguém na Terra é completamente bom ou mau. Todos temos uma parcela de “luz” e uma de “sombra” em nossos corações. Mesmo a pessoa mais detestável também ama e é amada por alguém...
A maioria das religiões espiritualistas afirma isto e convida seus seguidores ao esforço contínuo para melhoria de si mesmos. Por esta razão, frequentemente, dizemos que não existem religiões ruins, pois em todas é possível encontrar o bom caminho que leva à renovação espiritual e a uma versão melhor de nós mesmos.
Contudo, o meio religioso, principalmente quando recheado de poder e dinheiro é facilmente corrompível. Raros são os corações que permanecem fiéis aos seus propósitos espirituais quando a tentação lhes bate à porta... Por isso, a receita continua hoje tão válida quanto há dois mil anos: orai e vigiai.
O tempo das religiões de fachada em breve terminará: para o homem novo, no mundo novo, não haverá espaço para hipocrisia: precisamos, urgentemente, viver aquilo que acreditamos ou, como se costuma dizer pelas redes sociais: ser a mudança que desejamos ver no mundo...
Então, se você está lidando com algum hipócrita no campo da fé, analise bem do que se trata, se for apenas uma pessoa mesquinha do tipo que te lisonjeia pela frente e apunhala pelas costas, ignore, pois é uma pessoa enferma, cujas chagas são tão pungente que não lhe resta alternativa que não seja mordiscar.
Porém, se o hipócrita coloca em perigo o trabalho a ser realizado ou mesmo a instituição, então, deve ser desmascarado e posto para fora, a fim de que o trabalho não sofra problemas de continuidade: a vida se encarrega de trazer os resultados de nossas ações, porém, precisamos ser vigilantes com o nome daquilo que representamos.
Estejamos sempre em guarda, acima de tudo, para não nos descuidarmos da nossa própria hipocrisia que, como erva daninha, pode nascer e se espalhar antes que possamos admitir que exista.
Leonardo Montes
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