O sacrifício de animais não é um princípio fundamental da Umbanda!
A maioria dos terreiros de Umbanda não faz sacrifícios de animais. Eu nunca fiz e nunca faria. Na minha forma de ver e praticar a Umbanda, não há espaço para esta prática.
Porém, existem outras formas de ver e praticar e em algumas delas, o sacrifício é um ato religioso legítimo e deve ser respeitado. Refiro-me, claro, ao abate sério, em casas sérias e não aos carniceiros que existem por aí...
Exceto os vegetarianos/veganos que possuem uma visão de mundo não carnívora e que, portanto, têm suas razões para se oporem a qualquer tipo de sacrifício animal, seja religioso ou alimentício, boa parte dos que são contra o abate religioso se comportam como verdadeiros hipócritas, pois se horrorizam diante da ideia de abater um animal numa cerimônia, mas não se importam em frequentar uma churrascaria ou comer um Peru no Natal...
Ou seja, a pessoa é contra o sacrifício animal, acha um absurdo, algo primitivo, sem sentido, mas todo dia come um bife, adora um churrasco e nem passa por sua cabeça em que condições foram criados ou abatidos o animal que ela almoça ou janta sem maiores preocupações.
Quem faz o abate religioso, o faz com cuidado e responsabilidade. Pelo menos, assim procedem as casas sérias. Nada de matar o animal e jogar sua carcaça em alguma esquina (o que seria um pecado para quem realmente tem fé). O animal é muito bem tratado, é rezado e seu abate é feito de maneira respeitosa. Sua carne é preparada para alimentar a comunidade, o couro é utilizado para renovar os atabaques e até mesmo os ossos são preparados em processos que não conheço bem. Enfim, tudo é aproveitado!
Nós não precisamos concordar. Devemos apenas respeitar. É parte da liberdade de culto, quer gostemos ou não. Além do mais, ninguém é obrigado a frequentar ou a fazer parte de uma casa que faz sacrifício de animais, portanto, se não te agrada, procura outra. Para cada casa com esta prática, encontraremos dez outras que não procedem assim.
Leonardo Montes
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