Há tempos eu sustento a opinião de que, lamentavelmente, uma parte considerável dos terreiros de Umbanda sejam ruins. Essa opinião foi construída, especialmente, nos anos de convivência/contato com pessoas de todo o Brasil e, por consequência, de todas as histórias que ouvi neste sentido.
Mas, talvez você esteja se perguntando: como saber se um terreiro é bom?
Essencialmente, observando três coisas:
1 – Os trabalhos são voltados ao bem?
Os trabalhos espirituais se fundam em princípios como a benevolência, exercício das virtudes, do perdão, da compaixão, do amor ao próximo ou eventualmente se faz uma amarração, uma queimada de inimigo e por aí vai? Não é possível limpar e sujar ao mesmo tempo! Logo, o terreiro que não é compromissado com o bem é por natureza ruim.
2 – Como as pessoas se tratam?
As pessoas do terreiro parecem felizes por estar ali ou estão sempre de cara feia? Há educação e cordialidade no trato de uns para com os outros ou se lava roupa suja na frente dos consulentes? Lembre-se sempre: se hoje maltratam o João, amanhã será a sua vez... Uma casa em que as pessoas se tratam mal só pode levar ao buraco.
3 – Os trabalhos são gratuitos?
É curioso que, ao abordar este princípio, sempre aparece um para dizer: “veja bem”, “não é assim também”, “tudo tem custo”, etc. No entanto, o que aprendi, ensino e faço é bastante simples: Umbanda é caridade e caridade é gratuidade. Cobrou? Já tá errado, não importa a justificativa!
Não existem terreiros perfeitos, dirigentes perfeitos, médiuns perfeitos, pelo contrário: todo terreiro tem um caminhão de problemas e dificuldades. Contudo, se o terreiro que você frequenta atua exclusivamente para o bem, se as pessoas são cordiais e se os trabalhos são gratuitos, é bem provável que seja um bom terreiro.
Leonardo Montes
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